Copo de 3: Quinta dos Carvalhais Reserva 2002

06 janeiro 2009

Quinta dos Carvalhais Reserva 2002

Situada no Concelho de Mangualde, entre Mangualde e Nelas, a Quinta dos Carvalhais (adquirida pela Sogrape em 1989 e com adega a ser construída em 1990) compreende uma área total de 100 ha, com 50 ha de vinha plantada, numa idade média de 10 anos. As castas tintas ocupam 80% (Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen) e brancas 20% (Encruzado, Assario, Verdelho, Bical, Cerceal), sendo a equipa de enologia, liderada pelo enólogo Manuel Vieira.
Fruto da colheita de 1996, iria nascer aquele que era esperado ser o ''Barca Velha'' do Dão, o Quinta dos Carvalhais Reserva. Em prova a sua versão 2002.

Quinta dos Carvalhais Reserva 2002
Castas: Tinta Roriz (60%) e Touriga Nacional (40%) - Estágio: estágio e maturação em barricas de carvalho novo francês (à excepção de 15% de Tinta Roriz que estagiou em americano) durante cerca de 12 meses, com mais ano e meio em garrafa - 13% Vol.

Tonalidade granada escuro de concentração média.

Nariz apresenta-se elegante e de bouquet bem composto, a cheirar a cereja, amora e ameixa, tudo maduro e com ligeira sensação licorada, em conjunto com uma boa dose de frescura, acompanhada por uma ligeira brisa floral (violetas). No segundo plano é todo ele envolto em notas de vegetal seco (chá preto, folha tabaco), mato rasteiro, alguma que outra nota terrosa, musgo, cacau, isto tudo muito afinado e mostrando uma plena harmonia entre madeiras/fruta.

Boca a dizer que estamos perante um vinho que joga tudo no campo da elegância, com uma frescura muito bem doseada e que parece suportar muito bem todo o conjunto, onde a fruta se mostra bem presente, ao lado de especiaria (pimenta), cacau, tabaco e mais uma vez a mostrar-se uma grande sintonia com a prova de nariz. Na sua espacialidade média, o vinho mostra-se sedutor e goza de bastante saúde, sendo o final de boca de persistência média/alta.

Como foi referido anteriormente, o vinho dá uma prova muito interessante nesta altura da sua vida, já leva 6 anos e dá sinais de querer andar por cá mais uns tempos. É um belíssimo exemplar do Dão, pleno de harmonia e frescura, onde o frio da fruta que veio da serra se mistura com o aconchego morno das barricas, onde a passagem de boca se mostra aveludada e com bastante elegância, ou não fosse esta a imagem de marca dos vinhos do Dão.
Uma produção de 17.000 garrafas com preço a rondar os 27€ numa boa garrafeira.
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