Copo de 3: agosto 2009

14 agosto 2009

COPO DE 3 VAI DE FÉRIAS

É certo que o Copo de 3 não tem andado a colocar muitas notas de prova, mas nos próximos 15 dias a paragem vai ser ainda maior (sim vou ficar parecido a outros blogs que por aí andam, parado).

Mas pode ser que assim às escondidas, passe por aqui para meter uma ou outra sugestão, inspirado em alguns dos belíssimos brancos que tenho andado a beber.

Deixo como sugestão, alguns brancos para este tempo mais quente:
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Soalheiro Alvarinho 2008
Quinta do Ameal Loureiro 2008
Covela Escolha 2007
Casal Figueira Vinhas Velhas 2008
Allo 2008
Sottal Leve 2008
Esporão Reserva 2008
Couteiro Mor 2008
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Um grande abraço e boas férias a todos os leitores, volto em Setembro com algumas novidades.

10 agosto 2009

Navarros Colheita Seleccionada branco 2008

A propriedade ''Casa da Mó'', deve o seu nome, a um achado arqueológico: uma Mó, que foi encontrada há 12 anos, quando se procedia à surriba (saibramento) do terreno para implementar a actual vinha, e que terá sido de um Moinho de Vento construído em tempo imemorial.
A Quinta localiza-se em Viariz, concelho de Baião, em plena Região dos Vinho Verdes, a 400 metros de altitude e de olhos postos no Marão.
Na vinha exposta a sul e de baixa produção, as castas seleccionadas foram o Avesso e Arinto, sendo os solos de origem granítica e textura predominantemente franco-arenosa.

Navarros Colheita Seleccionada branco 2008
Castas: Avesso e Arinto - Estágio: 6 meses em garrafa - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de média/baixa concentração com rebordo esverdeado

Nariz cheio de frescura e jovialidade, fruta fresca de concentração mediana, com ligações citrinas compostas com toque tropical a envolver. Um ligeiro herbáceo marca a meio termo com toque de rama de tomate, flores brancas e sugestão de uma ligeira geleia dissimulada pelo final mineral.

Boca a indicar um vinho vivo e fresco, com a acidez em destaque pela positiva, fruta presente com toque verde a meio palato. Muito equilibrado entre factores, sente-se ligeiro mineral em fundo, num final de persistência média.

Um Regional Vinho, da zona dos Vinhos Verdes, de muito boa estirpe e que colheita após colheita, se mostra bastante afinado e constante no que toca à qualidade apresentada. Este 2008 pareceu-me um pouco mais citrino e com menos fruta de pomar que a colheita de 2007, também ligeiramente mais mineral. Foram 6600 garrafas produzidas com preço indicado pelo produtor de 8€.
15,5

05 agosto 2009

Monte do Castanheiro 2006

O que se pretende ao comprar um vinho para o dia a dia, se não a tentativa de obter a melhor relação/qualidade ao mais baixo preço, e que satisfaça minimamente as nossas pretensões. Mas na outra cara da moeda, olhamos directamente para os topo de gama, como os vinhos a abrir em ocasião mais especial, tentando encontrar neles a melhor qualidade possível.
No meio moram todos aqueles que por uma razão ou por outra, são caros para o dia a dia e não são topos de gama, acabando quase como esquecidos e na maioria dos casos sem que se entenda o porquê. O vinho em prova é o Monte do Castanheiro, produzido pela Quinta do Zambujeiro, um vinho cujo preço a rondar os 9€ não lhe permite, entenda-se um consumo diário, e ao mesmo tempo fica algo na sombra do irmão mais velho Zambujeiro. Este tal como outros, deve ser encarado como aquele vinho em que se pretende um meio termo a nível de qualidade/prazer sendo que neste caso está muito bem e recomenda-se vivamente a sua prova.

Monte do Castanheiro 2006
Castas: 54% Aragonês, 30% Trincadeira, 12% Castelão, 4% Alicante Bouschet - Estágio: 12 meses barricas carvalho francês (30% novas) - 14% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média.

Nariz a mostrar um vinho cativante com ligeira complexidade, combinando fruta bem madura (morango, framboesa) com toques de compota e baunilha, caramelo de leite, num toque morno que abraça todo o conjunto, e que por vezes lembra uma tarte de frutos do bosque acabada de tirar do forno. No segundo plano apresenta-se com ligeiro floral/vegetal fresco, especiaria e tosta suave.

Boca com entrada frutada e presença de alguma compota, repetindo de certa forma o que se encontrou na prova de nariz, a confirmar os toques de baunilha que lhe conferem uma sensação de leve cremosidade, mostrando-se acompanhado de uma boa dose de frescura que envolve todos os encantos derivados da passagem por madeira. Afinado e harmonioso, termina em persistência média.

São 45.000 garrafas, com um preço que não deve andar longe dos 9€, revelando-se um investimento acertado para todos aqueles que sem gastar muito, querem apresentar um vinho com algum requinte num jantar mais aprumado. A marca da casa está aqui bem patente, com madeiras e fruta em grande harmonia, conjunto envolvente e a mostrar-se de fácil agrado.
15,5

04 agosto 2009

Terras de Xisto Rosé 2008

Como breve introdução, a adega da Roquevale foi criada em 1989, ano em que foram lançadas as marcas Terras de Xisto, Tinto da Talha e Redondo. A Roquevale possui duas herdades no concelho de Redondo, com uma área total de vinha que ronda os 185 hectares: o Monte Branco e a Herdade da Madeira Nova de Cima.
Após um período de arranque onde a empresa recorreu a enólogos exteriores de prestígio, em 1996, Joana Roque do Vale, herdeira da experiência de 3 gerações de produtores de vinhos, torna-se a enóloga responsável pelos vinhos da empresa. Desde então criou um conjunto de vinhos de gama superior sob a marca Roquevale e Tinto da Talha - Grande Escolha.
Em prova o Terras de Xisto Rosé da colheita 2008, que ganhou a Talha de Prata do prestigiado concurso levado a cabo pela Confraria dos Enófilos do Alentejo.

Terras de Xisto rosé 2008
Castas: Castelão e Aragonês - Estágio: n/d - 13% Vol.

Tonalidade salmão escuro de concentração média.

Nariz jovem e fresco, alinha com alguma simplicidade e boa intensidade de aromas, a mostrar uma fruta bem madura no campo dos frutos vermelhos (morango, amora) e alguma ameixa. O conjunto complementa-se ao lado de leve aroma vegetal (rama de tomate, pé do morango), e uma sensação de algum rebuçado com ligeiro fumado ao longe.

Boca de corpo médio/baixo, fruta presente ao mesmo nível do nariz, com sensação de doçura não muito pronunciada a conviver em bons modos com suave travo vegetal e ligeira frescura, confirmando claramente a prova dada pelo nariz.

É o companheiro ideal da esplanada para beber com os amigos em amena cavaqueira e bem recheada dos mais variados petiscos de A a Z. Pelo preço que tem inferior a 2€, torna-se uma irresistível tentação...
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