Copo de 3: Vale da Capucha Alvarinho 2011

23 janeiro 2014

Vale da Capucha Alvarinho 2011

Nunca antes se tinha visto tanta casta nacional fora do baralho, na verdade hoje em dia é possível encontrar castas nacionais fora daquilo a que se pode chamar o seu "habitat" natural. Desta forma começam a surgir as provas comparativas, a necessidade e a vontade de comparação ou confrontação entre os que nasceram no reino e fora dele. Assiste-se pois uma e outra vez a um teste às capacidades dos filhos bastardos, não vão eles ter a ousadia de ser mais competentes que os filhos do reino. Pois para enorme chatice de uns e regozijo de outros, há sim alguns belíssimos exemplares dessas mesmas castas a nascer fora do seu ducado. 

Em prova temos um desses exemplos, um Alvarinho de fina estirpe nascido na D.O. Lisboa pelas mãos do produtor Vale da Capucha. Um vinho fresco, carregado de mineralidade (pederneira), sem atropelos de fruta exótica que se encontra aqui bem enquadrada, o que tem é bom e bonito, cheiroso e apetecível, contido mas preciso e de uma singela voracidade para a mesa. Quando olhamos para a garrafa já não há mais, melhor elogio que este será difícil para um vinho seja ele de onde for. Digamos que se tivesse outro brasão na sua lapela o diálogo seria talvez mais pomposo para os lados de outras cortes. Entenda-se pois que o que temos aqui é um belo exemplar de Alvarinho e que apenas precisa de uma mesa cheia de amigos e uns bons copos, o resto vocês já sabem. 90 pts 

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