Copo de 3: 2018

27 dezembro 2018

Soalheiro Granit Alvarinho 2016


Quando os imprevistos acontecem, um Private Selection Branco que havia estado na cave durante largos anos à espera de acompanhar um Bacalhau Especial de Natal, eis que o vinho branco se apresentou sem alma nem vida, um desalento. Sem muito que pensar recorri a este Soalheiro Granit 2016, um Alvarinho de fina estirpe que se mostra mais mineral e seco que os restantes da companhia. O resultado foi pleno de satisfação, mostra um lado gastronómico muito interessante e permitiu uma ligação perfeita com os lombos de bacalhau e seus acompanhamentos, mesmo a couve galega regada com azeite desafiou por momentos embora a ligação tenha continuado numa grande harmonia de sabores/aromas. Não é o mais exuberante, nem o mais untuoso, fora de ser o mais complexou ou o mais cristalino, é aquele que pela acidez e nervo, pelo tom da fruta mais calma e serena, custa coisa de 11€ e ajudou a abrilhantar a véspera de Natal. 93 pts

26 dezembro 2018

Deu La Deu Terraços Alvarinho 2016

A marca Deu La Deu (Adega Coop. de Monção) foi comprada na altura à Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal. Desde então que se tornou um sucesso de vendas e presença assídua à mesa de muitos consumidores, os motivos explicam-se pela sua consistência aliada a uma belíssima relação preço/satisfação. Com a colheita de 2016 nasceu  topo de gama da casa, o Terraços, que vai buscar as uvas das vinhas mais velhas e perfila-se com preço a rondar os 28,89€. É um Alvarinho com austeridade, mais seco e mineral com grande equilibrio apesar da juventude que domina o final de boca, pelo caminho encontramos o toque de uma fruta muito pura e cristalina. Belíssima presença tal como a complexidade, marca pela frescura e acutilancia, tem aquele nervo que nos guia até um final longo e seco, como que a pedir uns carabineiros grelhados por perto. Está para durar. 94 pts

23 dezembro 2018

Votos de Santo e Feliz Natal


O Copo de 3 deseja um Santo e Feliz Natal para todos.

Vinhos para o Natal e Passagem de Ano.


São algumas sugestões, agrupadas em 5 tipos, para acompanharem o Natal e a Passagem de Ano. São vinhos com diferentes patamares de preço nos mais variados estilos e perfis, vinhos que se diferenciam pela identidade, frescura, qualidade, muito gastronómicos e pensados para a mesa. São estes, como podiam ser tantos outros, que podem ajudar a engrandecer momentos especiais junto da nossa família e amigos. 


Entradas/Queijos/Bichos do Mar
Marquês de Marialva Bical e Arinto Reserva Bruto
Murganheira Czar Grand Cuvee Rosé Bruto 2013

Bacalhau e Amigos
Quinta de Pancas Reserva Arinto 2016
Monte da Cal Saturnino Grande Reserva branco 2013
Marquês de Borba Vinhas Velhas 2017
Maçanita Os Caniveis 2016
Kompassus Reserva 2016
Anselmo Mendes Contacto 2017

Perú/Cabrito
Mouchão Ponte das Canas 2014
Lagar de Baixo Baga 2015
Mamoré Vinho de Talha tinto 2016

Herdade do Rocim Clay Aged 2016 

Sobremesa
Quinta do Cardo Colheita Tardia 2015
Alambre Moscatel de Setúbal 20 Anos
Messias Porto 10 Anos
H.M. Borges Verdelho Madeira 20 Anos
Monsaraz Licoroso Premium tinto 2015

10 dezembro 2018

Ansgar Clüsserath Trittenheim Apotheke Riesling Beerenauslese 2007


Desde a sua fundação em 1670 que o produtor Ansgar Clüsserath (Alemanha) localizado em Trittenheim (Mosel) é gerido pela mesma família. Nos dias de hoje é Eva Clüsserath-Wittmann, que com o seu pai, toma conta dos destinos desta secular casa. Pode-se dizer que o Riesling está enraizado na alma destas pessoas, tal como o marido de Eva, o produtor Philip Wittmann. Beerenauslese (BA) indica um vinho de colheita tardia onde as uvas foram escolhidas criteriosamente para a sua elaboração, o que quase sempre implica o custo elevado deste tipo de vinhos, este rondará a casa dos 60€.

Um vinho de sobremesa, delicado, harmonioso e conquistador. Mostra ligeiramente o toque da botrytis que se mistura com os tons mais melados e de fruta amarela madura em calda, gengibre fresco ralado, profundo e cativante. Na boca mostra-se com uma bela concentração num balanço com a frescura  a dar vida ao final de boca. Com os 11 anos de vida talvez tenha perdido uma ponta de frescura e de definição, ganhou na complexidade e é puro prazer no copo, quando damos conta já acabou. 95 pts

08 dezembro 2018

Monte da Cal Saturnino Grande Reserva Branco 2013


A Herdade Monte da Cal fica localizada no concelho de Fronteira, na freguesia de São Saturnino, a cerca de 40 km de Portalegre. Com uma imagem diferente para melhor do que aquela que conheci dos seus primeiros lançamentos, agora com enologia de Osvaldo Amado, a gama sofreu um reposicionamento dos seus vinhos tal com a dita mudança de visual. O Vinha de Saturno continua a ser o topo de gama apenas lançado em anos de excepcional qualidade e abaixo desse surgem os Saturnino, com o branco 2013 aqui em prova. Compra-se por 10,90€ e é produzido com as castas Alvarinho, Antão Vaz e Arinto, passando 6 meses em barricas com direito a battonage e repouso de 6 meses em garrafa. 

O resultado final é um vinho com notas de pão torrado a dar sensação de cremosidade inicial para depois se encontrar notas de fruta amarela e ligeiro tropical com alguma geleia de citrinos, especiarias, muito equilibrio num tom cativante e de grande qualidade. Na boca é envolvente, acidez presente e cheio de sabor, mistura o toque mais acutilante dos citrinos com a cremosidade dada pelo tempo e pela barrica. Um belíssimo branco para levar à mesa. 92 pts

03 dezembro 2018

Murganheira Czar Grand Cuvée Rosé Bruto 2013


Inserido na linha dos mais luxuosos espumantes das Caves da Murganheira, este Czar Grand Cuvée vai buscar a casta Pinot Noir para a sua elaboração. O preço ronda os 27€ e faz justiça à qualidade que encontramos num espumante de elevada qualidade e que no seu patamar não se deixa vergar perante a denominação Champagne. A palavra de ordem é equilibrio, prazer mais que assegurando num perfil onde reina a elegância, notas de frutos vermelhos limpos e gulosos, ligeiro praliné de avelã com muita frescura a rodear todo o conjunto. Na boca uma belíssima mousse a envolver o palato, bom volume com toque de cereja ácida a prolongar-se num belo e prolongado final. 94 pts

28 novembro 2018

Maçanita 2016


Passo a passo algumas marcas vão surgindo no panorama nacional e conquistam o merecido lugar junto dos consumidores. Este é um dos mais recentes casos, um projecto digamos recente, feito no Douro por dois irmãos, o António e a Joana Maçanita. Os vinhos falam por si, levam a região na alma mas também o cunho muito pessoal e diferenciado dos seus autores. Um tinto fiel ao Douro, colheita após colheita a consistência vai dando lugar à fidelidade, um saber com o que podemos contar quando o abrimos e colocamos no copo. É aquela conjugação de austeridade com fruta saborosa e limpa, toque de esteva, grafite que lhe dá sensação de secura em fundo. Tem o corpo suficiente para pratos de bom tempero onde um javali guisado com batatas serve na perfeição. Um tinto sem excessos e que se mostra bem fiel à região, resta-me saber como será o efeito do tempo em garrafa, é que não consigo guardar nenhuma. O preço ronda os 10€ em garrafeira, num belo vinho pronto a fazer-nos companhia à mesa. 90 pts

14 novembro 2018

Quinta de Pancas Grande Reserva 2013


É o topo de gama da Quinta de Pancas (Lisboa) e surge para dar continuidade ao Grande Escolha, agora chama-se Grande Reserva. É feito com Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Petit Verdot, o preço ronda os 25€ e é o regressso deste produtor à ribalta com um grande vinho. É complexo, amplo e com um aroma maduro de fruta silvestre, amoras, ameixa, nota de chocolate preto, especiado com um fino recorte balsâmico a envolver o conjunto. Ainda jovem, mostra sinais de ligeira austeridade em pano de fundo, alguma tosta da barrica. Boca com grande estrutura suportada pela frescura e qualidade da fruta, saboroso e opulento, mas já a querer mostrar alguma elegância e harmonia, final persistente. Desde já tem tudo para agradar, mas o tempo em garrafa só lhe vai fazer bem. 95 pts

13 novembro 2018

Mouchão Tonel 3-4 2013

Para os lados da Herdade do Mouchão  (Alentejo) o tempo parece gostar de passar devagar, afinal de contas a pressa sempre foi inimiga da perfeição e os vinhos ali criados nunca gostaram de correrias. Este é o topo de gama, o Tonel 3-4, um tinto oriundo das melhores uvas da casta Alicante Bouschet que nascem na Vinha dos Carapetos, o vinho estagia posteriormente nos toneis que lhe dão o nome. Este ano o Tonel surge com nova roupagem, muito sóbrio e senhorial, mostrando as razões por que é sem dúvida alguma um dos melhores tintos feitos em Portugal. 

Concentrado e fresco, este monolito de fruta silvestre negra com compota, ervas de cheiro, chocolate preto, ligeiro balsâmico de fundo, ainda tudo muito novo mas cheio de energia. Cresce no copo e como que por camadas os aromas vão surgindo, limpos mas ainda muito compactos. Na boca é uma explosão de sabor, um colosso que conquista todo o palato no imediato, largo e profundo, com a fruta bem suculenta a dominar e a fazer perdurar a festa. O final pede calma, pede que o deixemos evoluir durante mais uns anos, que tem ainda muito para crescer em garrafa. Se já tinha ficado rendido ao 2011, este 2013 consegue ser ainda superior. 98 pts

Marquês de Marialva Baga Reserva 2010

Um 100% Baga da Adega de Cantanhede (Bairrada) com preço a rondar os 6€ e que se revela uma aposta vencedora para beber no dia a dia, ou para guardar durante uns bons anos. Este é da colheita de 2010 e mostra-se numa fantástica forma, cheio de vida mas a mostrar que os 8 anos que passaram ajudaram a afinar o conjunto. Um tinto pleno de harmonia e equilibrio, frescura da fruta fresca e carnuda, cerejas e bagas silvestres, toque fumado com cacau em fundo e tom herbáceo. Com o tempo acomoda-se ao copo e fica sedutor e convidativo. 90 pts

12 novembro 2018

Monsaraz Colheita Tardia 2016


Da CARMIM (Alentejo) sai este colheita tardia criado a partir da casta Semillon, com o vinho a estagiar durante 12 meses em barricas usadas de carvalho francês. A estreia não podia ser melhor, o vinho é guloso e muito fresco, de aromas bem definidos com destaque para os citrinos, ligeira calda a envolver tudo com um ponto mais untuoso e gordo dado pela fruta de polpa amarela. Na boca encontramos o mesmo timbre, untuoso e fresco, prolongado e com grande equilibrio entre doçura/frescura. Marca o palato pelo sabor da fruta, num final de boa persistência. Custa coisa de 10€ na loja do produtor e é uma aposta tentadora para acompanhar os doces da época Natalícia. 92 pts

09 novembro 2018

Mouchão 2013


É a mais recente edição deste vinho, o Mouchão 2013 aparece em grande forma e com uma nova imagem. Um verdadeiro colosso, apenas suplantado pelo seu irmão mais velho, Tonel 3-4, mas no que a qualidade diz respeito será sem dúvida alguma dos melhores Mouchão (Alentejo) que me lembro dos últimos anos. Carregado de frescura com a fruta silvestre bem carnuda, firme e sumarenta, mas muito limpa e em grande destaque, ainda tenso com as notas balsâmicas em segundo plano. Com algum tempo de rodopio surgem as notas de alcaçuz, ligeiro terroso/mineral em fundo que dá aquela ligeira rusticidade que se vai limar com o tempo. Na boca é envolvente, demasiado novo apesar de mostar uma grande harmonia, preenche o palato de sabor com a fruta e o alcaçuz em destaque, depois leve balsâmico e o toque dos taninos a pedirem mais tempo. Um vinho com largos anos pela frente,45€. 96 pts

08 novembro 2018

Barbeito Ribeiro Real Boal Lote 1 20 Anos


Os vinhos da Barbeito (Madeira) pelas mãos do seu produtor e enólogo, Ricardo Diogo, mostram-se atrevidos e irreverentes, mas sempre com o olho metido na qualidade que em alguns casos atinge a plenitude. A quantidade em alguns casos é muito pouca, uma vez que os lotes utilizados para criar estas preciosidades são muito velhos, limitados e de excelente qualidade, o que explica a procura e o preço que se paga. Para este vinho foi seleccionado o melhor Boal com 20 anos da zona do Campanário, ao qual se adicionaram outros vinhos velhos (1952, 1953 e 1954) de Tinta Negra oriunda do Ribeiro Real. Em Maio de 2014 foram engarrafadas 1296 unidades, todas individualmente numeradas, preço a rondar os 170€.

Enorme vinho, toque fumado, amplo e muito complexo, nota de iodo com laranja caramelizada, floral, grande presença e definição. Com o tempo ameixas em calda, um toque mais guloso e untuoso, enorme equilíbrio entre componentes com uma frescura fantástica a ligar tudo. Enche o palato de sabor, guloso e bem fresco, profundo e de grande persistência. 96 pts

07 novembro 2018

Quinta do Estanho Vinhas Velhas Grande Reserva 2015


Este Grande Reserva 2015 da Quinta do Estanho (Douro) nasce na zona do Pinhão, oriundo de vinhas plantadas entre 1932 e 1970, com cerca de três dezenas de variedades identificadas. A uva foi pisada em lagar e o vinho estagiou em barricas novas durante 12 meses, escolhidas as melhores barricas deram origem a pouco mais de 1400 garrafas, com preço a rondar os 20€ por unidade. Nariz de aromas muito coesos, cheio de vigor e complexidade, muitos frutos silvestres em tom escuro, esteva, chocolate preto, entrusamento da madeira com todo o conjunto, final com um toque terroso. Com uma estrutura firme, mostra muito vigor, saboroso com a fruta a despontar cheia de frescura, taninos educados num vinho que pede tempo para crescer em garrafa. 93 pts

06 novembro 2018

José de Sousa Puro Talha 2015


Um tinto oriundo de uma vinha plantada em 1952, a partir das castas Grand Noir, Aragonês, Trincadeira e um pouco de Moreto, nasce pelas mãos da José Maria da Fonseca este tinto José de Sousa Puro Talha. Fermentado com 30% de engaço em talhas de 1600 litros, permaneceu sobre as massas até Novembro e, após a prensagem, uma parte voltou às talhas e outra foi para barricas de 500 litros feitas em madeira de castanho, preço a rondar os 35€.


De aromas aconchegantes, nota-se a envolvência da madeira com os toques do barro, fruta mais evoluída com tom escuro (figo, ameixa, amora) e bem delineada com toque licoroso. Complexo e rico em detalhes, cheio de especiarias, toque vegetal fresco dado pelo engaço e fundo terroso. Na boca enche o palato, equilibrado e fresco, final persistente com toque seco. 94 pts

05 novembro 2018

Barbeito Boal 10 Anos


Os vinhos da Barbeito (Madeira) são dos mais acutilantes a nível da acidez, muito firmes e com aromas muito frescos, este é um belo exemplar de um Boal 10 Anos. Desponta para alem da boa frescura uma fruta em tom meio doce com figos secos e alguns citrinos em geleia, tom mais gordo dado pelo tempo em madeira ( estagiado em Canteiro durante 10 anos em cascos de carvalho Francês), num conjunto repleto de harmonia e envolvimento. No palato replica-se e envolve com o tom meio doce para se diluir num prolongado final de boca. O preço ronda os 30€ e acompanha na perfeição um bolo de noz. 91 pts

04 novembro 2018

Aliança Vintage Bruto 2010


Este Bairradino oriundo das "Caves Aliança" (Bacalhoa Vinhos) nasce de um lote de Baga e Chardonnay, que descansou 36 meses em garrafa antes do dégorgement. O preço ronda os 16,40€ e justifica o investimento, uma vez que estamos perante um belo espumante. Sério e conquistador, exuberante com bonitas notas de tosta, leve amanteigado na sensação de biscoito a conferir noção de cremosidade. Depois é a fruta que entra num plano harmonioso, com toques de pêra madura. Na boca bom volume, enche o palato de sabor, mousse muito fina com frescura prolongada e uma bela prestação a acompanhar um suflê de camarão. 92 pts

03 novembro 2018

Murganheira Malvasia Fina Bruto Espumante 2013


Extremamente vocacionado para a mesa este Murganheira Malvasia Fina Bruto. Deixemos pois as celebrações para outras referências que esta pede que seja servido à mesa com pratos delicados (peixe ou marisco). Sobressai toda a sua delicadeza no trato com suporte numa bela frescura que lhe dá vida necessária. Aromas de fruta de pomar em calda, ligeiro floral pelo meio e um final ligeiramente com fruto seco que dá ligeira sensação de cremosidade. O preço ronda os 10€ e é uma excelente aposta para iniciar um jantar a acompanhar uns mexilhões ao natural. 90 pts

02 novembro 2018

Tapada do Chaves branco 2014


A serenidade com que a Serra de São Mamede (Portalegre) contempla as vinhas velhas da Tapada do Chaves, continua imune ao reboliço que se tem vivido no síio do Frangoneiro. A verdade é que a Tapada de Chaves deixou de pertencer à Murganheira e é agora propriedade da Fundação Eugénio de Almeida, que levou a cabo uma imediata mudança na imagem dos vinho, na política de distribuição e também no preço. O consumidor fica confuso e algo baralhado, uma vez que todos os vinhos foram relançados com novos rótulos a preços muito superiores ao que estavam a ser vendidos.

Este branco é oriundo de uma vinha plantada em 1903 com muitas castas misturadas, muito aprumado e equilibrado no conjunto de aromas e sabores. Bonita a maneira como a fruta nos toques citrinos e de polpa amarela se combinam com uma ligeira amendoa, ervas de cheiro, tisana e toque fumado no final. Elegante e com uma boa presença no palato, ligeiramente untuoso e fresco, a mostrar-se num bom momento de forma. 91 pts

29 outubro 2018

Ladredo 2014

Ladredo é nome de vinha, de uma pequena vinha velha, com cerca de 50 anos, virada a nascente e debruçada vertiginosamente sobre o Rio Sil. A sua inclinação é tão acentuada que torna a vindima uma tarefa quase hercúlea. Nesta vinha, coabitam duas castas: A Mencia (em Portugal, Jaen) e Alicante Bouschet, que se traduzem no lote em 65% e 35%, respectivamente. Um vinho que leva cerca de 50% de engaço, com estágio de 19 meses em barricas, preço a rondar os 45€. É um vinho, feito por Dirk Niepoort (Niepoort), cheio de carácter que dá a conhecer a Ribeira Sacra em todo o seu explendor, frescura e elegância, com uma tonalidade mais aberta catapulta-nos para um festival de sensações. Muito bem delineado, puro, especiarias com a fruta vermelha bem limpa, fundo mineral, vivo e cheio de energia. Na boca complementa-se, amplo e gastronómico, saboroso e fresco ao mesmo tempo que mostra garra e uma ligeira austeridade mineral. É um belíssimo vinho a ter muito em conta, quer pela qualidade quer pelo potencial que tem de guarda. 94 pts

26 outubro 2018

Ponte das Canas 2014


O Ponte das Canas desde que saiu para o mercado que se afirma como a versão mais atrevida deste icónico produtor Alentejano que é o Mouchão. O Canas tem vindo a ser afinado colheita após colheita, digamos que está cada vez melhor. Quanto ao 2014 nasce do lote de Touriga Nacional, Touriga Franca e Syrah, com estágio de 24 meses em tonéis antigos e em barrica nova com posterior estágio em garrafa, o preço ronda os 17€. Muio centrado na fruta preta silvestre com grande frescura, especiarias, ligeiro balsâmico num conjunto com uma bela complexidade. Vigoroso e cheio de energia, sente-se harmonia e sedução no palato, tempo é o que não lhe falta para afinar tudo isso. Bebe-se como muito prazer mas o melhor está ainda para vir. 93 pts

21 outubro 2018

Kyrie branco 2014


Vamos até à famosa zona do Priorato(Espanha) que entre a fama e a polémica, tem conseguido colocar nas últimas décadas alguns dos mais caros vinhos de Espanha na ribalta internacional. Neste caso o vinho é o branco topo de gama do produtor Costers del Siurana. Aviso que por ali não são nada meigos nos preços praticados, é um mal de toda a região e este ronda os 75€ por garrafa. Provado às cegas o vinho causa impacto, é um belíssimo branco, robusto mas firme e com harmonia, num toque bem mineral de fundo tenso e fumado. Depois destaparam a garrafa e fiquei a saber o preço, ao lado rótulos nacionais tinham brilhado um pouco mais alto, a comparação do preço nem se questiona, é absurda. Mas deixando o preço de lado, é daqueles brancos que faz uma festa incrível à mesa com um peixe de nobre porte assado no forno. 94 pts

20 outubro 2018

Desnível Touriga Franca Unoaked 2017



É novidade do produtor este varietal de Touriga Franca da colheita de 2017, um tinto do Douro apenas com passagem por inox e que nos mostra o lado mais frutado e puro da casta. O facto de ter passado apenas por inox retira-lhe o factor aconchegante que desponta no Desnível tinto, aqui é a fruta em tons maduros e nos ligeiros cacaus e compota que se mostra airosa, precisa e limpa. Lá ao fundo são os taninos que nos acenam, a indicar ainda a força da juventude deste vinho. Mais uma vez feito num sentido gastronómico de levar à mesa e descontraidamente acompanhar uma refeição à base de carnes grelhadas. 90 pts

13 outubro 2018

Quinta dos Roques branco 2017

Há vinhos dos quais já se perderam as contas às vezes que se abriram garrafas, vinhos que se bebem à desgarrada porque apetece um branco fresco a acompanhar a refeição ao final do dia. Sim, este é um desses vinhos que costuma morar quase sempre na porta do meu frigorífico, jusifica-se pela consistência da qualidade colheita após colheita e o preço em conta, por acaso agora ronda os 4€ em promoção numa superficie comercial. Lote de castas do Dão, mimado como todos os que nascem naquela adega (Quinta dos Roques) e que é sem dúvida alguma uma referência a ter sempre em conta quando queremos vinhos acessíveis, com identidade da região e a dar prazer a quem o bebe. 89 pts

10 outubro 2018

Kracher Auslese Cuvée 2017



Terei de recuar quase 20 anos para a primeira vez que tive contacto com os vinhos deste produtor da região de Burgenland(Áustria). As garrafas quase sempre surgem no formato meia garrafa e conquistam com facilidade o enófilo menos atento, o preço das gamas mais baixas ajuda à festa. Neste caso um blend de Chardonnay com Welschriesling onde o estágio de 12 meses foi em inox e a segunda casta foi afectada pela podridão nobre (Botrytis). Desponta frescura e delicadeza, a fruta centra-se nos tons de alperce em calda, laranja e algum gengibre ralado. Muito preciso num conjunto delicado que nos consegue envolver e seduzir o palato, ligeira frescura e untuosidade arredonda o palato. Pede sobremesas delicadas, com um preço que ronda os 12€. 92 pts

09 outubro 2018

Maçanita Gouveio 2017



Vai na sua segunda edição este branco duriense nascido no Baixo Corgo pelas mãos da enóloga Joana Maçanita (Maçanita Vinhos). Como já foi dito é um extreme da casta Gouveio com passagem durante seis meses por inox. Depois do sucesso da primeira colheita a produção aumentou para as 1600 garrafas com preço a rondar os 15€ em garrafeira. Continua muito preciso nos aromas com uma acidez firme que o domina. Embora veja esta edição mais tensa e menos "faladora" que a anterior, algo mais presa como que a pedir tempo. Por agora somoos brindados com as boas notas de fruta madura (pêssego, limão), com laivos de anis estrelado, tisana e no fundo uma boa austeridade mineral. Equilibrado na boca, dominado pela frescura e pelo leve sabor da fruta, termina longo e seco. 92 pts


04 outubro 2018

Fiuza Reserva Alicante Bouschet 2016


Lembro-me dos vinhos Fiuza como sendo dos primeiros vinhos do Ribatejo que bebi e gostei, quem é que não se lembra do fantástico Reserva 1996. Depois o tempo foi passando e fui conhecendo mais do que se fazia por aquela região, hoje denominada como Tejo. A realidade é que voltando aos vinhos da Fiuza parece que a emoção já não é a mesma, poderei ser eu que esperava algo a mais onde não se encontra. O certo é que quando vejo Alicante Bouschet no rótulo associado a Reserva, algo em mim desperta a curiosidade e a vontade de ter e encontrar ali mais um belo vinho da casta. O resultado é mais um vinho feito para cumprir os mínimos de agradar ao consumidor, para aquele que tanto se dá ser Cabernet ou Syrah, bebe e sabe-lhe bem. E o vinho em causa é isso mesmo, bebe-se e sabe bem, mas podia dizer outra coisa qualquer que continuava a beber-se e a saber bem. 90 pts

03 outubro 2018

DSF Sauvignon Blanc 2017


Depois do Rosé de Moscatel Roxo e do Verdelho, resta falar do DSF Sauvignon Blanc 2017 que surge também com a nova imagem criada para os vinhos da Colecção Particular Domingos Soares Franco (JMF). Uma casta de várias caras conforme a nacionalidade onde é criada, assim são tão distintos os da Nova Zelândia ou Austrália como os Franceses e por aí fora. Este é comedido no que mostra, certinho com as notas da casta num tom de fruta madura a lembrar meloa, citrinos, ervas aromáticas, tudo muito equilibrado e com grande elegância. É esse pendor que perdura e se mantém na boca, a suavidade e harmonia sempre no mesmo tom fresco e saboroso. O preço ronda os 10€ e arranja-se na loja do produtor em Azeitão. 90 pts .

02 outubro 2018

Dom Rafael branco 2017


Ajustou-se na Herdade do Mouchão o lote com a saida da casta Perrum, e deu-se uma nova vestimenta para este Dom Rafael. Agora mais sério, mais fresco e com uma maior acutilância. Digamos que no copo é um verdadeiro "Don" e mete respeito, porque para além da fruta suculenta e fresca, não passa aquela linha da doçura e fica mesmo no tom limpo e airoso, quase austero, da lima e do limão com arestas de flores e eucaliptos ali das redondezas. Com preço a rondar os 10€ é um branco sério e que acompanha pratos de bom tempero, desde caldeiradas a uma boa poejada de bacalhau. 90 pts

24 setembro 2018

Murganheira Reserva Bruto 2013


Encaro este espumante, apesar de haver outros da Murganheira, como a porta de entrada para um mundo fantástico que é o dos seus espumantes. Este é o Reserva Bruto, um lote de Malvasia Fina, Cercial e Gouveio com um estágio prolongado que nos chega às mãos com um preço a rondar os 10€ por garrafa. Aroma muito fresco e citrino, bolha fina com muio equilibrio e finesse. Nesta gama é tudo muito mais directo, sem uma grande complexidade mas ao mesmo tempo torna-se tão fácil de gostar, cativa os sentidos e acima de tudo mete um sorriso nos rostos de quem o vai bebendo. Um grande companheiro de início de conversa ou mesmo para acompanhar durante a refeição. 90 pts

21 setembro 2018

Herdade do Rocim Rosé 2017

Interessante verificar que com a passada do tempo os rosés vão perdendo aquele tom ruby que antes os dominava de norte a sul, para agora se transformarem em algo distinto, leve e pleno de elegância. Aquela metamorfose qual lagarta/casulo/borboleta tem dado origem a vinhos rosé de grande qualidade um pouco por todo o lado. Este Herdade do Rocim 2017 criado com Touriga Nacional e apenas passagem por inox, um amigo da mesa e da conversa, fresco e com boa presença, mas acima de tudo sabe ser elegante. Compra-se por menos de 8€ e com mais um ano de garrafa irá certamente ganhar alguma complexidade. 91 pts

11 setembro 2018

Henriques & Henriques Ribeiro Real Reserva


Este vinho da Henriques & Henriques  (Madeira) e o momento que envolveu a sua prova, são a essência do que é o mundo do Vinho da Madeira, algo único, arrebatador e direi mesmo impossível de acontecer em qualquer outra parte do mundo. Perde-se no tempo o registo capaz de nos dizer com precisão a sua idade, embora tudo aponte para a metade do século 19. Proveniente de vinhas pertencentes ao último dos Henriques, João Joaquim Henriques, e que ficam localizadas na zona conhecida pelo Ribeiro Real (Estreito da Camara de Lobos). Os mais de cinquenta anos que passou em Canteiro tornaram-no concentrado, glicérico, deram-lhe um refinadíssimo e profundo bouquet, ao olhar é percetível aquela bonita coroa esverdeada. O resto é um monumento à casta Verdelho, engarrafado em 1957.

Aroma inenso e muito complexo com aroma da madeira velha onde morou, cera de móvel, toques de laranja/toranja cristalizada, iodo, muita frescura e elegância num conjunto profundo e misterioso. Boca em perfeita sintonia, meio seco, saboroso com a concentração a ser compensada pelo arrasto mineral acompanhado por uma acidez que revitaliza o palato, repete o toque de toranja bem no final da boca. Inesquecível. 96 pts

Monsaraz Licoroso Tinto Premium 2015


Uma novidade da CARMIM (Alentejo) este Licoroso Tinto 2015 com lote de Alicante Bouschet (80%) e Aragonez (20%), posteriormente passou 18 meses em barrica até ser engarrafado onde cumpriu 6 meses de repouso. Ronda os 10€ na loja do produtor e apresenta-se numa bonita garrafa de 500 ml, num perfil maduro cheio de fruta silvestre, notas mentoladas, alguma canela, tudo muito bem casado e em grande equilibrio. Surpreende na boca pela frescura que lhe envolve todo o corpo, torneado e guloso, com as notas da Alicante Bouschet a marcaram toda a passagem, longa e muito persistente. Uma verdadeira surpresa e uma tentação que abrilhante qualquer final de refeição. 92 pts

10 setembro 2018

Fiuza Reserva Sauvignon Blanc 2017


De terras Ribatejanas chega este relançado Fiuza agora sob a designação de Reserva, na versão tinto com Alicante Bouschet e branco onde desponta a casta Sauvignon Blanc. Neste caso o branco, bem peculiar na sua criação onde 10% do lote pertence à anterior colheita com estágio de 6 meses em barrica, os restantes 90% são da actual colheita com passagem por inox, num preço final a rondar os 8€ por garrafa. Não é aquele exemplar estupendo e que serve de montra para a casta, importa que estamos perante um branco fresco e de aromas limpos, com sentimento de ligeira untuosidade no nariz tipo creme de limão, contrastando com a suavidade da barrica e o lado espevitado mais vegetal. Algum corpo com um ligeiro nervo num largo e persistente final. Asseguradamente um dos melhores brancos que provei da Fiuza. 89 pts

05 setembro 2018

Casal Garcia Sweet


De realçar a cuidada apresentação da caixa, de resto vinho é apresentado e passo a citar: " Descontraído, refrescante e fácil de beber, Casal Garcia Sweet desafia-nos a tirar partido da sua originalidade servindo-o bem fresco com duas pedras de gelo e uma folha de hortelã. Um cocktail vínico original e de fácil preparação para os meses mais quentes de Verão."

É daqueles vinhos prontos para a festa, o público feminino então está mais que conquistado. Abre-se uma garrafa e enquanto houver vinho a conversa e a boa disposição durante o jantar estão garantidas. Não disfarça que é Verde, tem um ligeiro "pico" gasoso que se funde com uma charmosa acidez e aquela pontinha de gulodice que os 70 gramas de açúcar residual lhe conferem. Custa coisa de 3,99€ em superfície comercial e é asseguradamente um doce e fresco animador de festas.

30 agosto 2018

DSF Verdelho 2017


Um daqueles brancos que se vai num piscar de olhos com uma mesa repleta de petiscos variados, servido fresco em ambiente descontraido. Um Verdelho com alguma garra, que se mostra maduro e bem fresco, vincado nos sabores mas com grande equilibrio e um final longo e vegetal. Esse mesmo tom vegetal fresco a lembrar a rama de tomate que parece ter desaparecido de grande parte dos vinhos, conseguimos encontrar aqui. Provavelmente a melhor edição até à data, com um preço que ronda os 10€ na loja do produtor José Maria da Fonseca. 90 pts

29 agosto 2018

Friedrich Wilhelm Gymnasium Riesling Trocken 2017

Um daqueles vinhos que nos acaba por saltar para a mão porque no Aldi a promoção já tinha terminado, como é normal o tuga não bebe vinho que nem sabe dizer o nome, por isso acaba por ficar ali um amontoado de garrafas ignoradas. Resultado da brincadeira, as que havia ficaram a coisa de 1,89€ cada garrafa, um escandalo que não dá para pagar a uva mais a garrafa e mais o transporte. Vem do Friedrich Wilhelm Gymnasium e deve ser o genérico da casa, sendo aquilo que se procura num Riesling e é aquilo que se paga para ter no copo, um Riesling que sabe e cheira ao que é e sem merdices pelo meio. É seco, tenso, não é daqueles de se ficar de joelhos mas cumpre bde forma satisfatória com um final daqueles austeros que repuxa a língua com aquela austeridade mineral que tem e alguns dizem ser pura invenção de quem prova. No rescaldo são 11,5% Vol. com uma rosca que equiparo a maneira como abre à maneira como se esvazia a garrafa ao jantar a acompanhar uma massada de corvina, fácil. 88 pts

28 agosto 2018

Marquês de Borba Vinhas Velhas branco 2017


É a novidade mais recente de João Portugal Ramos pelas terras de Estremoz (Alentejo) este Marquês de Borba Vinhas Velhas tinto e branco. Neste caso o branco que leva Arinto, Antão Vaz, Alvarinho e Roupeiro num estágio de 8 meses em barricas para acondicionar tudo muito bem. E não falha, aliás nunca falha seja qual for o vinho que dali saia. O rigor, a frescura aliada a uma harmonia que se funde com um toque de gulodice dada pela baunilha da madeira, aquele fundo de fruta bem suculenta e ácida que nos deixa a xuxar na lingua. Por momentos divago e penso se este é assim como será se alguma vez tivermos um Marquês de Borba Reserva branco ? Por enquanto vou-me regalando com este belo branco com preço a rondar os 13€. 91 pts

16 agosto 2018

Quinta dos Roques Cerceal branco 2017


Daqueles brancos que começa calmo e muito sereno, sempre num tom fino e muito delicado, mas vivo e cheio de frescura. Não anda a encher o copo de perfumes desconcertantes, alinha pelo diapasão da elegância, frescura e precisão de aromas e sabores. O domínio citrino espalha-se com algum vegetal fresco, fundo mineral, coeso e de rasto persistente. 12€ 90 pts

12 agosto 2018

Quinta da Aveleda Alvarinho 2017


Um Alvarinho da Quinta da Aveleda que se apresenta bem harmonioso, talvez demasiadamente harmonioso e aveludado, que faz com que a casta perca energia e fique mais parada do que o costume. O preço ronda os 5€ para um vinho de fácil agrado, tem tudo para se gostar dele, frescura, fruta no ponto, perde-se depois naquela falta de energia e presença que o faria agitar um pouco mais os sentidos. 89 pts

11 agosto 2018

Justino’s Malmsey 1933


O que torna únicos os Vinhos da Madeira é a maneira como a longevidade coabita com uma complexidade/frescura difícil de encontrar noutro local. Sente-se pelo perfil da casta que o resultado é mais guloso que os vinhos das outras castas da Madeira. Grande complexidade com notas de caramelo de leite, passas de figo, laca, frutos secos, elegância entre conjunto e aquela acidez necessária que lhe dá enorme vida, café moído, caixa de charutos, especiarias, tudo muito bem pronunciado numa perfeita harmonia entre nariz e boca. Palato com passagem fresca, arredondado com aquela pontinha doce no final que o torna pecaminoso. 95 pts

10 agosto 2018

Murganheira Grande Reserva Bruto 2002



Este Grande Reserva da Murganheira resulta de uma "assemblage" das castas Malvasia Fina, Tinta Roriz e Touriga Nacional que após nove meses em madeira de carvalho, recolheram a um profundo sono de mais de 10 anos no silêncio das caves. Com preço a rondar os 22€ a garrafa, dominado por aromas frescos ao lado de notas derivadas do tempo que passou na garrafa. Elegante, cheio de notas de fruta com apontamentos de biscoito, alguma tosta, leve calda, muito cativante, persistente, equilibrado e cheio de classe. Um puro exemplo de que podemos ter um excelente espumante no copo de produção nacional sem ter de recorrer a champanhe corriqueiro quase sempre mais caro e de pior qualidade. 93 pts

09 agosto 2018

DSF Moscatel Roxo Rosé 2017


A Colecção Privada de Domingos Soares Franco (José Maria da Fonseca) mostra uma linha de total liberdade no que toca ao perfil de vinho apresentado colheita após colheita. Nesta rosado onde se tem como base a casta Moscatel Roxo, o vinho ganha um perfil muito cativante e atraente pelas suas fragrâncias num tom libidinoso associado a uma acidez que lhe confere a dose certa de frescura. Um festim para os sentidos, uma delicia no copo que se move com elegância e suavidade. Dá uma boa prova conseguindo balancear leve docinho com ponta de secura, mediano no corpo, fruta e flores, sem exageros é delicado mas com boa presença. 9,90€ 90 pts

06 agosto 2018

João Portugal Ramos Loureiro 2017


Um Loureiro da autoria do produtor João Portugal Ramos na região dos Vinhos Verdes. Fresco e com boa dose de elegância, com fruta sem excesso, que se mostra limpa e bem fresca. E nessa sua apetência para a mesa, sobressai o tom mais citrino da fruta envolta em flores. O rasto de fundo mineral muito ligeiro limpa o palato, tornando-se muito agradável de ter e de ir bebendo. Preço a rondar os 3,99€. 89 pts

05 agosto 2018

QM Alvarinho 2017


Das Quintas de Melgaço sai este QM Alvarinho 2017,  um vinho feito exclusivamente com uvas da casta Alvarinho, da Sub-Região de Monção e Melgaço. O preço ronda os 8,50€ num branco de perfil fresco com boa harmonia e equilíbrio em destaque, com aromas de fruta tropical, algum pêssego, flores e notas cítricas. A sua acidez fornece a vivacidade suficiente para lhe prolongar o prazer durante toda a refeição. Um daqueles valores seguros colheita após colheita. 90 pts

03 agosto 2018

Quinta da Aveleda Loureiro/Alvarinho 2017



Produzido em exclusivo com as melhores uvas da Quinta, o Quinta da Aveleda é a expressão máxima da paixão da Família Guedes pelo vinho. Lote das castas Loureiro e Alvarinho, um branco pleno de harmonia com aromas frescos e polidos, muito franco e de abordagem jovial. Casamento feliz das duas castas, flores brancas e notas de alguma fruta tropical, que pelos 3,50€ que custa e pela boa qualidade vale a pena ter a sua companhia sempre por perto. 88 pts

12 julho 2018

Herdade do Rocim Reserva 2015

Dizem que o tempo apura os vinhos, apura também a vontade e o conhecimento de quem os faz e este Herdade do Rocim Reserva é disso um claro exemplo. Um tinto do Alentejo com preço a rondar os 11,90€ que garante no copo uma enorme qualidade neste momento ou por daqui a uns largos anos. Focado na fruta bem limpa e muito fresca, alguma opulencia com piscadela de olho para o tom mais guloso que se esbate num conjunto rico, enérgico e muito envolvente. 92 pts

06 julho 2018

Maias branco 2017


Das vinhas (Quinta das Maias) que ficam situadas no sopé da Serra da Estrela, nascem as uvas de Malvasia Fina e Encruzado que dão origem a este Maias branco 2017. Apenas com passagem em inox, é um branco de aromas frescos e dominado pelas notas de citrinos e fruta de caroço. O fundo é fresco e com aquela austeridade mineral que invoca os granitos mais brutos da serra. Harmonia e equilíbrio de conjunto, a juntar a isso temos o prazer que dá a beber e a boa companhia que faz à mesa. 5,99€ 89 pts

03 julho 2018

QM Nature Alvarinho 2016

Do produtor Quintas de Melgaço (Vinhos Verdes) sai este Nature Alvarinho 2016 com passagem apenas por inox e com um preço de 17,50€. Um vinho da Sub-Região de Monção e Melgaço, em que se procura mostrar um Alvarinho mais puro e natural. Encontramos um vinho coeso de aromas, com uma complexidade ainda a precisar de tempo em garrafa para se organizar e expandir. Por agora são os tons mais minerais e cítricos, alguma fruta de caroço, que se mostram em primeiro plano com flores brancas e uma austeridade mineral em fundo que lhe confere um travo seco e prolongado. Uma excelente companhia para umas postas de peixe espada na grelha. 92 pts
 
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