Copo de 3: PROVA Vinhos Rhea

23 maio 2007

PROVA Vinhos Rhea

Na mitologia da antiga Grécia, durante a época dourada, reinavam os Titans. Estas super entidades eram representados na forma de 6 mulheres e 6 homens, cada um deles associado a conceitos tão básicos como a lua, oceano...
Da união entre Uranus (céu) e Gaia (terra) , nasceu Rhea (Ree-a) que do casamento com o seu irmão Cronus, viria a ser denominada a Mãe dos Deuses ( Zeus, Hades, Hera... são filhos de Rhea).
Mas Rhea também é o nome do maior satélite de Saturno descoberto em 1672 por Giovanni Cassini, e é o nome atribuído para estes novos vinhos Durienses, do produtor GR Consultores, os mesmos do SEDNA já aqui provado.

Rhea tinto 2005
Castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Tinta Barroca e Touriga Franca - Estágio: estágio parcial 10 meses em carvalho - 13% Vol.

Tonalidade ruby escuro de média concentração.
Nariz com aroma de média intensidade, fruta presente algo tapada por aromas entre a borracha queimada e o alcatrão das estradas, que tapam em grande medida todo e qualquer aroma mais interessante que nos queira cumprimentar. Com algum tempo e paciência ainda se notou algum chocolate preto, baunilha e caramelo para que imediatamente um travo vegetal os obrigue a recolher, dominando o segundo plano.
Boca com entrada mediana, suave sem grande conteúdo, falta-lhe largura, não se chega a entender qual é a melhor prova que nos dá, nariz ou boca ? final de persistência média/baixa com travo vegetal.

Um nome grandioso demais para o vinho em causa, parece que andou o Valentino Rossi a derrapar dentro do nosso copo... aroma dominante completamente desagradável, só com tempo é que os sequestrados se dão a mostrar. Não é de vinhos destes que o consumidor precisa, pode ser que passe mas por enquanto não tem nada de interessante... preço indicado de 4€.
11,5

Rhea branco 2006
Castas: Gouveio, Rabigato, Moscatel, Malvasia Fina e Fernão Pires - Estágio: Sobre borras finas até Janeiro 2007 - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com rebordo esverdeado.
Nariz agradável ao primeiro contacto, médio de intensidade, aromas de fruta (pêra, ananás e citrinos), ligeiro toque floral em fundo mineral. Ligeiro toque melado aliado a uma suave frescura presente com vegetal em segundo plano.
Boca com entrada e corpo médio/baixo, fruta presente (mais em plano citrino) com frescura não muito pronunciada, final de boca simples com leve mineral mas não deixa grande saudade.

Um vinho claramente melhor, mostra-se mais saudável, não promete nem compromete, mas durante a prova pensei que já tinha sido provado noutra altura, temos tantos vinhos semelhantes... preço indicado de 4€
13

2 comentários:

VinhoDaCasa disse...

É curioso, já o Pingas no Copo diz o mesmo...

Não estará o Rui Cunham que tantos e tantos bons vinhos tem por aí, a dar uma em falso? Se o vinho não tem qualidade, para que o vende engarrafado e com marca própria?

Podia sempre optar por Bag in Box e a malta não se chateava...

Ainda não meti os beiços nesses RHEA, mas também já perdi a vontade!

NOG disse...

Provei ambos os vinhos com o Rui Miguel do "Pingas", tenho a minha opinião (semelhante). Mas penso que temos de esperar pelo desenvolvimento do projecto.

Importa ter esperança!

N.

 
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