Copo de 3: Alves de Sousa Reserva Pessoal Branco 2001

09 janeiro 2008

Alves de Sousa Reserva Pessoal Branco 2001

A colecção Reserva Pessoal, do produtor Alves de Sousa, nasceu como uma procura das diferentes expressões possíveis do terroir Gaivosa. E se a nível de tintos se descobriu "a outra face da Quinta", com os brancos...
Bom, com os brancos a vontade de criar algo verdadeiramente novo impôs-se. Este vinho foi feito seguindo o conceito de concentração e longa maceração, com a selecção das uvas das vinhas velhas da Quinta da Gaivosa. É um vinho raro, mesmo na sua personalidade.
É com esta maneira que se apresenta este vinho a quem o prova:

Alves de Sousa Reserva Pessoal Branco 2001
Castas: Gouveio, Malvasia Fina, Viosinho e outras provenientes de vinhas com mais de 80 anos - Estágio: 12 Meses em barricas novas de carvalho francês mais 12 Meses período mínimo em garrafa - 14,2% Vol.

Tonalidade a recordar latão polido com laivo dourado.
Nariz que nos mostrar desde o primeiro impacto um vinho diferente, original e que nos mostra acima de tudo grande qualidade e complexidade de aromas. Um terroir que se exprime da melhor maneira, com resinas em primeiro plano que se dissipam e dão lugar a fruta bem madura, já marcada pelo toque de geleia fresca. Contrapõe-se a tudo isto um toque floral de boa intensidade, acompanhado de mel/açúcar queimado que lhe dá uma vertente de ligeiro doce no nariz. Mostra em fundo um surgimento de notas petroladas que se misturam com ervas de cheiro.
Boca a mostrar um vinho em plena forma, complexidade assegurada por uma acidez presente e que dá frescura muito agradável a percorrer todo o palato, com bela espacialidade e em vez alguma denota fraqueza. Mineral, esteva/resina, fruta bem madura com toque de mel. Consegue manter-se durante toda a refeição mesmo depois de decantado, com final de boca médio/longo.

Um vinho que inicialmente pode causar transtorno e grande surpresa pela sua tonalidade, deslumbra e conquista pela envolvência que consegue criar junto de quem o prova. No nariz é um estímulo, na boca um desafio, um vinho distinto e que merece ser conhecido, divulgado e provado. Colheitas já provadas: 2003
17,5

1 comentário:

Anónimo disse...

Arrisco a dizer que este é um dos vinhos brancos mais irreverentes e diferentes do país.

Talvez só o Bageiras Garrafeira, o Anselmo Mendes e o Vindima 7 de Outubro se assemelham a tal perfil peculiar.

É um vinho para beber como se fosse um tinto, com carne, com assados, com tudo enfim...
Abraço.

 
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