Copo de 3: agosto 2013

08 agosto 2013

Herdade do Rocim 2010

Se há daqueles vinhos que pouco a pouco nos vão conquistando um cantinho na garrafeira, este é um deles, o Herdadade do Rocim tinto (antes apenas Rocim) tem vindo a galopar na sua consistência e qualidade. Um desatino que resulta a olhos vistos numa gama coesa e muito bem cuidada em todos os detalhes, desde a apresentação ao produto final que termina em apoteose no Grande Rocim, por enquanto vou falar deste que é o entrada de gama (preço ronda os 8€) e que se mostra a cada ano que passa mais afinado e melhor. Um vinho envolvente que me agradou bastante, afinado, cheiroso com a fruta vermelha bem madura e limpa com aquele toque mais opulento que a planície lhe confere, não se encontra aqui aquela capa ácida que surge em zonas mais frescas. Conjunto envolta em boa frescura, cacau, especiaria, tudo muito aprumado. Na boca tem entrada bem saborosa com fruta bem presente a massajar o palato, bem macio o que o torna apetecível, com finesse a mostrar cantos arredondados em estrutura média e final especiado. O resultado final é muito bom, todo ele num perfil que alguém apelidou de clássico, muito virado para a mesa na vertente mais regional. 90 pts 

05 agosto 2013

Branco da Gaivosa Reserva 2011

O vinho em causa é o topo de gama do produtor no que a branco diz respeito. Tem sobre ele a enorme responsabilidade que é ser o Reserva Branco da Gaivosa, que como muito bem se sabe é nome da Quinta que vê nascer aquele que é um dos melhores tintos feitos o Portugal, o Quinta da Gaivosa. Porém o branco não consegue debitar a mesma qualidade, com tanta coisa que nos quer mostrar acaba por se enrolar e perde o fio à meada. Será certamente branco de meia-estação, indicado mais para jantar do que para almoço onde quem chega da praia apetece comer e beber coisas mais frescas e menos elaboradas. Um vinho elegante com alguns encantos, tem frescura contida e acaba mesmo por mostrar-se confuso por causa da madeira (ainda que fina) que sobressai dando-lhe sensação de arredondamento e cremosidade.

Destaco a qualidade do conjunto com bastante delicadeza da fruta numa boa dose de frescura, a madeira marca o suficiente (mesmo que sem exagero). Apesar da muito boa prova que dá, mostra-se um conjunto preso num novelo de aromas e sabores que apenas o tempo irá decidir se desenrola ou não. Na boca repete a dose do nariz, o vinho sente-se preso, com arredondamento dado pela madeira num conjunto amaciado compensado por uma boa acidez. Um pouco melhor que o Reserva 2006 aqui provado, continua sem uma grande relação preço/satisfação coujo preço ronda os 19€ e o afasta claramente das minhas escolhas. 91 pts

02 agosto 2013

Periquita branco 2012

Branco correcto e bem feito, junta as castas Moscatel de Setúbal e Verdelho com Viognier e Viosinho. Enquanto as duas primeiras lhe conferem os aromas de fruta e flores as outras duas trabalham para lhe conferir a boa dose de acidez que mostra ter. É um vinho descontraído de fácil abordagem e pronto para um consumo casual. 87 pts
 
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