Copo de 3: Dominique Cornin Pouilly-Fuissé 2008

21 fevereiro 2013

Dominique Cornin Pouilly-Fuissé 2008

A Borgonha cobre aproximadamente 175 km de Chablis no Norte até Beaujolais no Sul. Com excepção de Chablis, isolada do resto da região, as vinhas são quase contínuas. Há várias AOCs e é em Mâconnais mais especificamente na sua appellation Pouilly-Fuissé (a mais conhecida) que a conversa se vai centrar. O produtor é Dominique Cornin, a quarta geração de uma família desde sempre ligada à terra e ao vinho, cada uma das parcelas que possui contam a história da sua família, vinhas que foram plantadas entre 1909 e 1965, nos solos calcários da região. A intervenção é a menos possível, segue as leis da biodinâmica como tantos outros da região, pouca produção, respeito pelo solo, muito pouca madeira e quase sempre usada, com o inox e o cimento a fazerem parte da grande parte dos vinhos.

Vinho com nervo, seco, mineral a lembrar pederneira, com fruta madura e bem limpa apesar da forma delicada como se mostra cativa e mostra muita boa qualidade, pêra, citrinos com limão em destaque e leve melado. Na boca de cantos arredondados pela idade, suponho que em novo seria todo ele bem mais tenso, agora mais calmo e dialogante, com sabores bem delineados, aparece ananás maduro e mais uma vez a mineralidade marca e arrasta no palato até final. Numa mistura com bela acidez cítrica, é um vinho do qual não me importarei de voltar pois é na mesa que se mostrou mais à vontade. Só mostra que se pode beber um bom vinho da Borgonha sem ter de deitar a casa pela janela. Para o acompanhar fui buscar inspiração à Catalunha, optei por fazer um Romesco de Peix,  90 pts
Photo by Miguel Pereira

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde João. Peço desculpa, mas queria tirar uma duvida consigo sobre a garrafeira Samsung. Adquiri uma recentemente e tenho reparado ultimamemente que ela está longos períodos ligada, mesmo mais de uma hora seguida. Tenho a temperatura a 15. Ocorre o mesmo com a sua? Obrigado, Pedro Marques

João de Carvalho disse...

Se a temperatura da sala onde estiver a garrafeira for mais alta do que a regulada no aparelho ela normalmente trabalhará mais tempo. Caso a temperatura na sala for mais baixa que a regulada, a dita cuja nem sequer trabalha. A minha está programada para tintos e regulada para 12ºC ... quanto ao "barulho residual" que possa fazer já estou mais que acostumado que nem ligo.

 
Powered By Blogger Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 2.5 Portugal License.